Causa alguma impressão que a prática desportiva - recomendada para uma vida mais saudável , prevenção de algumas enfermidades e uma maior longevidade- esteja associada a mortes pela sua prática.
Estima-se que o desporto de alta competição aumente cerca de 2,5 vezes o risco de morte súbita nos desportistas em relação aos outros jovens. Esta razão prende-se na maioria dos casos (90%) à existência de problemas cardíacos não detectados. É no futebol e no ciclismo que acontecem mais casos destes.
A enfermidade responsável com maior frequência na Europa Ocidental é a displasia arritmogénica do ventrículo direito (doença de António Puerta), enquanto nos EUA é a cardiomiopatia hipertrófica (provável doença de Fehér). Estas duas doenças já nascem com os genes e podem desenvolver-se até a adolescência ou a idade de adulto jovem. É por esse desenvolvimento poder ser tardio que há muitos casos não detectados.
O que são estas duas doenças?
1. Displasia arritmogénica do ventrículo direito: é um problema cardíaco que consiste na substituição progressiva das células por tecido fibrogorduroso.
2. Cardiomiopatia hipertrófica consiste num aumento inexplicável da espessura da parede ventricular esquerda que conduz à paragem cardíaca.
Outras doenças como anomalias congénitas das artérias coronárias e outras causas de arritmias malignas podem produzir também morte súbita em qualquer idade desde o nascimento.
Segundo a Sociedade Europeia de Cardiologia, estas mortes súbitas podem prevenir-se numa percentagem de cerca de 80% mediante exames que tenham em conta: história clínica do desportista, antecedentes familiares e realização de um ecocardiograma.
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